segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Juristas falam bobagem

"Pode ser Alzheimer, pode ser da idade, mas que é bobagem é." -- Neném Prancha

Um fiel vem chorando falar com este frei. Diz que seu ídolo, o jurista Ives Gandra, falou besteira de novo. Na cor do capeta ele. E o frei na cor do manto da Virgem.

A prisão de Genoíno em regime fechado, no entanto, é algo inadmissível para a legislação brasileira, segundo o jurista Ives Gandra Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie. “A partir do momento que um preso fica sob custódia do Estado, é o Estado responsável por qualquer coisa que acontecer a ele. Nada justifica alguém que foi condenado ao regime semiaberto ficar detido em regime fechado, principalmente com a saúde comprometida. No atual estado de saúde do Genoíno, o STF tem obrigação de decretar prisão em hospital ou domiciliar, até que ele consiga se recuperar totalmente”, avalia.

O regime semiaberto, até onde entendo é cumprido com o réu saindo para trabalhar. Como no final de semana não tem trabalho fica na cadeia. Aliás seria bonito se a preocupação do nobre advogado não fosse só sobre o José Genoíno. Há milhares de presos em condições muito piores no Brasil. 

É importante notar que o sábio advogado não tem nem informações reais sobre o estado de saúde do condenado que foi levado num jato executivo para Brasília. Poderia ter sido levado num ônibus ou num camburão.

Na opinião de Gandra Martins o STF e o governo estão ferindo a lei ao manterem qualquer um dos condenados pelo mensalão em regime fechado, se a pena original não for essa.


“Cada dia que o Genoíno, o Dirceu ou qualquer outro condenado ao semiaberto ficam detidos, um abuso está sendo cometido. São réus que se entregaram livremente à Justiça. Em nenhum momento deram demonstração de que iriam fugir do País. Portanto, se o Estado precisa de tempo para definir onde serão as penas, não é trancado na cadeia que isso tem que se dar. Para cada um deles vale uma ação contra o Estado brasileiro por danos morais em virtude deste abuso”, argumenta Gandra Martins.

Um dos réus fugiu, os crimes que cometeram são bárbaros. Seria bom que o advogado Ives Gandra Martins conhecesse mais a obra do Padre Vieira. Em especial o sermão do bom ladrão.

Espero que seja apenas um lapso da idade, que pode acontecer a todos nós, e não uma falha do caráter.

sábado, 16 de novembro de 2013

Dom Mauro Morelli abre a boca para falar besteira

Vale lembrar a ficha corrida de Dom Mauro Morelli, ex-bispo auxiliar de Dom Paulo Evaristo Arns, e demitido pelo Papa Bento XVI no artigo canônico do rapa, como falamos outro dia.

Tendo recordado isto, o fato de hoje: Dom Mauro não satisfeito em defender os amiguinhos do PT que agora puxam uma cana, resolveu comparar José Dirceu a Cristo.


Aí já é demais.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Papa passa o rodo em bispo que escreveu asneira

Dom Gèrard Daucourt foi demitido hoje de sua diocese pelo Papa Francisco. O parágrafo 2, do artigo 401 do código de direito canônico, é chamado o artigo do rapa. Nele se diz:
2. Roga-se instantemente ao Bispo diocesano que, em virtude da sua precária
saúde ou outra causa grave, se tenha tornado menos apto para o desempenho do
seu ofício, que apresente a renúncia.
Acontece que aí se mistura doença com outras causas e a conferência episcopal francesa correu para dizer razões de saúde. No entanto, como a memória deste frei é grande, lembro que este bispo teve a ousadia de escrever uma carta pública criticando um dos bispos mais cabra-homi aqui do Brasil: Dom José Cardoso Sobrinho.

Vale lembrar que Dom Gèrard Daucourt recebeu sua diocese de Nanterre na França com 330 padres e está entregando ela com menos de 250. Sem contar também os mais de 100.000 católicos que ele perdeu nestes 11 anos.

Dom Gèrard enquanto o senhor estava se metendo numa diocese brasileira, das que estavam bem, o senhor deixou a sua ir ladeira abaixo. Se o senhor realmente está saindo por doença lhe desejo saúde, de todas as formas lhe desejo conversão!

domingo, 10 de novembro de 2013

Cardeais brasileiros?

O Papa anunciou um consistório para o próximo dia 22 de fevereiro para criar cardeais e alguns fiéis tem perguntado ao Frei se teremos algum Cardeal brasileiro.

A resposta simples é que se tivesse que apostar colocaria o dinheiro no arcebispo de Salvador e talvez no de Brasília. 

No do Rio não colocaria dinheiro. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Padre excomungado vai falar bobagens no Fantástico

Não meus caros fiéis, eu não vejo fantástico. Domingo à noite após passar o dia atendendo confissões e depois de celebrar duas Missas o que preciso é dormir. Hoje cedo chega um fiel nervoso falando sobre o que teria dito no Fantástico, ontem a noite, o tal de padre Beto.

Então vamos comentar a fala do padre Beto.


A reportagem é de Marcelo Canellas.
“Sexo é uma coisa, amor é outra”, diz Beto Daniel, padre excomungado.

De fato. Mas não é um comentário muito profundo. Basta ler C.S. Lewis, "Os Quatro Amores" que você consegue falar coisa mais interessante,

“Ele faz pronunciamentos, declarações sobre temas complicados, polêmicos”, comenta dom Caetano Ferrari, bispo de Bauru.

dom Caetano Ferrari é cabra homi, "é caveira", merecedor de usar esta batina de Bispo. 

“Eu posso amar uma pessoa e não fazer sexo com ela. Eu posso fazer sexo com uma pessoa e não amá-la”, afirma padre Beto.

Em geral não saimos trepando, para usar um termo do conhecimento do padre Beto, com todas as pessoas com quem amamos. E o habitual atualmente é o pessoal fazer sexo com pessoas que não amam, pois se amassem tratariam de outra maneira. 

Frei Beto, ops, padre Beto com suas platitudes não consegue captar o que é o amor humano e o que é a sexualidade.

“Ele é filho rebelde. Ele avança o sinal”, observa dom Caetano.
Quem é o padre que tirou o bispo do sério, a ponto de ser excomungado?
“Eu sou padre do século XXI. Ponto final”, diz padre Beto.

Não padre Beto, o senhor é um padre atrasado que não conhece o verdadeiro cristianismo, que não entendeu nada do concílio Vaticano II, nem do Vaticano I, nem mesmo do concílio de Trento. 

Na orelha, um piercing. “Já tenho três anéis, colocar mais um, pelo amor de Deus, né? E eu não gosto de anel com pedra, né? Falei: vou fazer um piercing”.

O Eclesiastes diz: "Vanitas vanitatum omnia vanitas", esta é a definição do padre Beto. Não bastassem os três anéis deseja fazer um piercing. Os fiéis que se f explodam, o negócio do padre Beto é saber onde vai fazer um novo piercing. Eu poderia sugerir um local, mas fiquemos por aqui.

Em casa, Che Guevara na parede. Charutos. E uma salada de entidades místicas, santos e estrelas de cinema. E muitas atividades fora da igreja. Padre Beto se orgulha de ter estudado na Alemanha, no mesmo seminário em que o papa emérito Bento XVI se formou.

Che Guevara, o porco assassino é o modelo de pe. Beto. Acho que não precisaria falar mais nada.

Servindo à Diocese de Bauru, no interior de São Paulo, desde 2001, ele acaba de ser excomungado por causa de vídeos como esse, em que aparece em uma mesa de bar, falando sobre bissexualidade:
“Do homem se apaixonar por um outro homem, ou da mulher se apaixonar por uma outra mulher. E os dois sendo casados. Aqui existe amor também”, diz no vídeo.

Acho que a questão que ninguém fez é o que faz um padre, vestido de palhaço, numa mesa de bar falando sobre bisexualidade?

A Diocese de Bauru diz que os vídeos provocaram escândalo, e exigiu que o padre os retirasse da internet.
“Nós não queremos enquadrá-lo também na marra. Mas ele fez um juramento como sacerdote, eu fiz também, de fidelidade aos ensinamentos da Igreja. Se eu sou da Igreja não posso falar contra o ensinamento da Igreja”, explica dom Caetano.

Dom Caetano, o senhor tem desde já minhas orações e minha admiração.

Padre Beto se recusou a cumprir a ordem. “É inegável a existência de bissexuais”.
Ele teve uma semana para voltar atrás. Quando o prazo se esgotou, a diocese instaurou o processo de excomunhão.
“Há quatro anos que eu estou aqui, todo ano eu tenho uma conversa com ele sobre estas coisas porque chegam para mim. O pessoal ouve na homilia, lê, ouve na rádio, ouve não sei o quê. Agora veio do mundo inteiro!  Entende? Então nós tivemos que dizer: Beto, não dá mais, Beto”, diz Dom Caetano.
A excomunhão foi decretada, na terça-feira passada, por um juiz instrutor nomeado pelo bispo. De acordo com a nota oficial da Igreja, padre Beto foi excomungado por violar as obrigações do sacerdócio e por se negar a cumprir a promessa de obediência.
A despedida do sacerdote foi numa igreja lotada, em que os fiéis aplaudiram de pé a última missa do padre Beto.
Ele não pode mais rezar missa e nem fazer casamentos e batizados. Também não tem mais direito a nenhum dos sacramentos católicos. Não pode se confessar, por exemplo, nem comungar. Mas, de acordo com as regras da Igreja, ainda pode ser chamado de padre até que o Vaticano dê a última palavra. A punição pode ser revista imediatamente em caso de retratação pública, o que não parece estar nos planos do padre Beto.
“Eu posso me arrepender, dizer que um casal pode ter relações sexuais antes do casamento? Se eu disser que vou me arrepender disso é de uma infantilidade muito grande e, hoje em dia, uma situação ridícula”.

O problema do Pe. Beto não é de hoje, no seminário não ensinaram o catecismo a ele. Ao invés de ler São Tomás, leu Eduardo Galeano e deu no que deu. Se tivesse lido pelo menos Karl Marx talvez não falasse tanta asneira.

O que seria, para padre Beto, fidelidade e traição no casamento?
“Em um dos seus comentários, você diz que se alguém tem uma relação extraconjugal com o consentimento do seu parceiro não há traição, é isso?”, pergunta o repórter.
“É isso. Se realmente há um consentimento franco dos dois”.
Para ele, suas opiniões não desrespeitam os dogmas da Igreja.
“Eu não toquei em dogma algum. Eu estou discutindo normas morais. Eu não posso comparar o amor homossexual com o dogma “Jesus Cristo é filho de Deus”. São discussões completamente diferentes”.
E contesta a ideia de pecado na relação homossexual.
“Onde existe pecado entre duas pessoas do mesmo sexo que se querem bem, que se gostam, que se amam?”.

Pe. Beto apoia o casamento aberto, apoia as relações homosexuais, mas diz que não toca no dogma de que Cristo é o filho de Deus. Provavelmente o Cristo de pe. Beto estava brincando quando falou sobre adultério, impureza, etc.

“Agora uma questão pessoal, e você tem todo o direito de não responder se não quiser. No momento em que surgiu esta polêmica, muita gente começa a questionar e justificar a sua postura dizendo que você é gay. Você é gay?”, pergunta o rpórter.
“Não. Eu não sou gay, eu sou heterossexual e nunca senti atração por pessoa do mesmo sexo”, responde.

Aí faltou o reporter ser honesto e perguntar: "O senhor vive seu celibato?"

Muito popular entre os jovens de Bauru, padre Beto divide opiniões na Faculdade de Direito onde dá aula de ética,
“É inadmissível uma pessoa ser escrava de uma doutrina”, defende o estudante Francisco Soares Neto.
“A partir do momento que você se torna padre, pressupõe-se que você é a favor dos ensinamentos da Igreja, que você concorda com isso”, opina a estudante Manoela Veloso.
“Ao meu ver ele não infringiu nada. Ele estava ali refletindo sobre o assunto. E é o que ele nos faz na sala de aula: refletir, pensar”, afirma a estudante Marcela Gallo.
“Para muitos católicos, vai contra a Igreja Católica. Então confunde a cabeça da criança, por exemplo, que vai a uma missa e escuta um padre falar isso, sendo que em casa se prega outra coisa”, comenta a estudante Regina Benatti.
O padre excomungado diz que agora vai se dedicar ao magistério e ao trabalho de comunicador. E que seguirá procurando Deus onde for possível.
“Deus eu encontro em qualquer lugar. Se ele não vai mais estar acessível à minha pessoa pela eucaristia, que era um alimento espiritual fantástico, eu acredito que Deus vai me alimentar de uma outra forma”.

Sim, vai acreditando nisso que o seu alimento vai ser o pão que o diabo amassou por toda a eternidade. 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Um bispo com "cojones"

Sim, sei que cojones não é uma palavra que deva ser pronunciada no meu convento, mas o bispo de Bauru mostrou uma coragem grande e merece o nosso apoio. Abaixo a nota da diocese em que excomunga por heresia o padre "Beto" do qual falamos há poucos dias.

"Versão corrigida - Comunicado ao povo de Deus da Diocese de Bauru sobre o pe. Roberto Francisco Daniel

É de conhecimento público os pronunciamentos e atitudes do Reverendo Pe. Roberto Francisco Daniel que, em nome da “liberdade de expressão” traiu o compromisso de fidelidade à Igreja a qual ele jurou servir no dia de sua ordenação sacerdotal. Estes atos provocaram forte escândalo e feriram a comunhão eclesial. Sua atitude é incompatível com as obrigações do estado sacerdotal que ele deveria amar, pois foi ele quem solicitou da Igreja a Graça da Ordenação. O Bispo Diocesano com a paciência e caridade de pastor, vem tentando há muito tempo diálogo para superar e resolver de modo fraterno e cristão esta situação. Esgotadas todas as iniciativas e tendo em vista o bem do Povo de Deus, o Bispo Diocesano convocou um padre canonista perito em Direito Penal Canônico, nomeando-o como juiz instrutor para tratar essa questão e aplicar a “Lei da Igreja”, visto que o Pe. Roberto Francisco Daniel recusa qualquer diálogo e colaboração. Mesmo assim, o juiz tentou uma última vez um diálogo com o referido padre que reagiu agressivamente, na Cúria Diocesana, na qual ele recusou qualquer diálogo. Esta tentativa ocorreu na presença de 05 (cinco) membros do Conselho dos Presbíteros.
O referido padre feriu a Igreja com suas declarações consideradas graves contra os dogmas da Fé Católica, contra a moral e pela deliberada recusa de obediência ao seu pastor (obediência esta que prometera no dia de sua ordenação sacerdotal), incorrendo, portanto, no gravíssimo delito de heresia e cisma cuja pena prescrita no cânone 1364, parágrafo primeiro do Código de Direito Canônico é a excomunhão anexa a estes delitos. Nesta grave pena o referido sacerdote incorreu de livre vontade como consequência de seus atos.
A Igreja de Bauru se demonstrou Mãe Paciente quando, por diversas vezes, o chamou fraternalmente ao diálogo para a superação dessa situação por ele criada. Nenhum católico e muito menos um sacerdote pode-se valer do “direito de liberdade de expressão” para atacar a Fé, na qual foi batizado.
Uma das obrigações do Bispo Diocesano é defender a Fé, a Doutrina e a Disciplina da Igreja e, por isso, comunicamos que o padre Roberto Francisco Daniel não pode mais celebrar nenhum ato de culto divino (sacramentos e sacramentais, nem mais receber a Santíssima Eucaristia), pois está excomungado. A partir dessa decisão, o Juiz Instrutor iniciará os procedimentos para a “demissão do estado clerical, que será enviado no final para Roma, de onde deverá vir o Decreto .
Com esta declaração, a Diocese de Bauru entende colocar “um ponto final” nessa dolorosa história.
Rezemos para que o nosso Padroeiro Divino Espírito Santo, “que nos conduz”, ilumine o Pe. Roberto Francisco Daniel para que tenha a coragem da humildade em reconhecer que não é o dono da verdade e se reconcilie com a Igreja, que é “Mãe e Mestra”.

Bauru, 29 de abril de 2013.

Por especial mandado do Bispo Diocesano, assinam os representantes do Conselho Presbiteral Diocesano."