quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

G1 continua mostrando ignorância.

Amigos, a penitência quaresmal tem sido braba. Mas a pior penitência é ler asneiras.

Aqui vai a quota de hoje.

Primeiro o analfabetismo funcional e depois o moral.

Veja a chamada na página principal e a seguir o que se lê quando se clica.



Então ele vai, mas não vai... O analfabetismo nas redações é um problema sério. E os que comentam as matérias estão num nível mais baixo ainda na cadeia alimentar.

Um sábio comentarista que entende tudo de história...


Mas o analfabetismo funcional não é o pior. Leia o que escreve o blogueiro Gerson Camarotti. O dele vai na cor do capeta, o frei comenta em azul.

Favorito até o momento para o Conclave, o cardeal arcebispo de Milão, Angelo Scola, começa a encontrar resistências de cardeais de setores mais moderados da Igreja. Vários bispos demonstram preocupação pelo fato de Scola ser ligado a um grupo poderoso da Igreja Católica, denominado Comunhão e Libertação.
É o famoso favoritismo PND. O vários ali deve ser uns dois ou três. 
“O Papa não pode ser de um grupo da Igreja, tem que representar toda a Igreja. O grande problema desses grupos é que eles buscam o poder interno. Esses grupos, como o Comunhão e Libertação e a Opus Dei, funcionam como partidos políticos dentro da Igreja”, relatou ao blog um arcebispo.
Um arcebispo relatou ao blog que a Comunhão e Libertação e o Opus Dei são como partidos políticos. Sei... E o Papa não poderia vir das fileiras de um movimento ou instituição da Igreja porque tem que representar toda a Igreja segundo sua insalência. 

Então vejamos, há 18 cardeais eleitores que são membros de uma ordem religiosa - OP(2), PSS(1), SDB(4),  OFM(4), OMM(1), OMI(1), SJ(2), CM(1), CS(1), CSSR(1); segundo a lógica de sua insalência estes não poderiam também ser eleitos certo?

No entanto não é bem assim que a banda toca. O Espirito Santo não concorda muito com sua insalência  e na história houve 34 Papas de 265 que eram religiosos. Só dos Beneditinos foram 17. 

Depois disto, só lembrando o Rei da Espanha: "¿Por qué no te callas?

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Jornalista tapado no G1 (e em geral)

Vejam o infográfico abaixo (tirado do G1) e pensem se vale a pena confiar em qualquer coisa que se lê no jornalismo medíocre do Brasil.


Conclave em 1981. Hummmmmm. Anta.

O Papa o eleva à Ordem dos Bispos. Hummmmmm. Anta. Não sabe que Cardeal-Bispo é diferente de Bispo. Leia, pelo menos, a Wikipédia em inglês.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Anta locuta causa finita

O jornalista que resolveu ser especialista em questões papais e de renúncias papais escreve no portal G1 em vermelho e este frei comenta em azul.

Cresce a pressão de cardeais de todo o mundo para antecipar o Conclave. Em carta ao secretário de Estado e Camerlengo, Tarcísio Bertone, um purpurado brasileiro argumentou que se o Conclave for mantido para 15 de março, muitos cardeais teriam que retornar para suas arquidioceses.
Imagino que o pessoal está com coisas muito mais importantes para fazer que o conclave. Coisas como organizar eventos, falar da campanha da fraternidade, etc.
“Ninguém quer voltar. Todo mundo quer aproveitar a viagem para acompanhar a renúncia do Papa Bento XVI e já ficar para o Conclave”, explicou um cardeal, em conversa com o Blog. “Repetir uma viagem à Roma é muito cansativo num curto espaço de tempo”, reforçou.
Como diria o capitão Nascimento: o senhor é um fanfarrão. Imagine no século XV quando os cardeais iam para lá no lombo de um burro. Viajar de classe executiva dá para aguentar senhor cardeal anônimo. 
A tendência é de antecipação do Conclave. Mas neste momento, o grande esforço é de restringir os nomes dos favoritos para a sucessão de Bento XVI para evitar um Conclave demorado e com muitas disputas.
Note que Bento XVI ainda não renunciou e "neguinho" já está repartindo o butim. Quero ver a cara dos cardeais se Bento XVI chega no dia 28, dá um tapa na mesa e fala: "quem manda nesta .... aqui sou eu". 

Imagem meramente ilustrativa...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Papa pode desistir de renunciar

Finalmente um artigo sensato na imprensa: O arrependimento do Papa é possível.

Como ler o Estábulo de São Paulo tem dado desânimo nos últimos dias resolvi tentar a Folha (o Globo nesta época de carnaval só pensa da cintura para baixo), e encontrei o artigo acima citado.

Enquanto não ficar vacante a sede de Roma às 20hs do dia 28/02 o Papa Bento XVI tem poder supremo sobre a Igreja de acordo com o Cân. 333 §3: "Contra uma sentença ou decreto do Romano Pontífice, não há apelação, nem recurso".

Ou seja: até dia 28/02 todos os que já se preparam para o conclave talvez devam ter a prudência de comprar passagens que possam ser remarcadas. O Papa ainda pode voltar atrás, este frei ousaria dizer que deve voltar atrás.

Bem que o Papa poderia aproveitar o embalo da desistência da renúncia e passar o rodo em alguns Cardeais, Bispos, Padres, Freis, Freiras, etc. Se quiser ajuda eu compilo uma lista.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Quem será o próximo Papa?

Outro dia um penitente perguntava a este frei: quem será o próximo Papa? E respondi: quem o Espírito Santo quiser se tiver conclave.

Como assim se tiver conclave, perguntava ele? O Papa anunciou que renuncia a partir do dia 28/02 às 20:00, antes disso ele é o Papa e pode voltar atrás da sua decisão de renunciar.

Quer dizer que pode o Papa não renunciar, tendo dito que iria renunciar? Sim.

Mutatis mutandis et servatis servandis, não podemos deixar de lembrar deste diálogo entre São Pedro e o Senhor, se você não leu o livro de Henryk Sienkiewicz vá correndo ler.

Pedro: - Quo vadis Domine.
Jesus:  - Eo Romam iterum crucifigi.

Obviamente não é a mesma situação e Bento XVI não está fugindo, mas algumas vezes o Senhor tem outros planos.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Saio da minha penitência quaresmal para comentar a asneira de Élio Gaspari

Hoje saio da minha penitência quaresmal para comentar a asneira de Élio Gaspari. Ontem foi Pondé quem falou pelo buraco errado, hoje é Gaspari.

De Gaspari já esperava, de Pondé não.

O texto de Gaspari vai abaixo na cor do capeta. O frei comenta em Azul que é a cor da Virgem Maria.


Tudo o que se pode esperar da escolha do sucessor de Bento XVI é o fim de um Vaticano eurocêntrico. Desde que Karol Wojtyla tornou-se João Paulo II, a Europa é o centro das atenções da Cúria. O Papa polonês cumpriu uma fenomenal missão histórica ajudando a desmontar décadas de tolerância com as ditaduras comunistas.

Curioso o cara que baba o ovo de Lula falar do fim das ditaduras comunistas.

Seu sucessor teve um pontificado medíocre enrolado pela tolerância com escândalos sexuais e financeiros de sacerdotes. Um deles passou de raspão pelo Brasil, num trambique do namorado da atriz Anne Hathaway, sócio do sobrinho do atual decano do Colégio de Cardeais, o poderoso ex-secretário de Estado Angelo Sodano. A moça micou em US$ 135 mil e o rapaz foi preso nos Estados Unidos.

Medíocre é o seu jornalismo de quarta categoria! Tolerancia? Quem dissolveu o rolo nos Legionários de Cristo? Quem mandou uma penca de bispos para a aposentadoria? Acerta quem diz Bento XVI, mas o mentecapto Gaspari resolve julgar um papado que não acabou ainda da maneira mais rasa possível.

As dificuldades do Vaticano com suas finanças são antigas. Foi Pio IX quem avisou: “Posso ser infalível, mas estou falido.” Já os desempenhos sexuais de alguns sacerdotes, mesmo sendo coisa antiga, tornaram-se uma encrenca recente, com a qual João Paulo II e Bento XVI nunca conseguiram lidar direito, envenenando a missão pastoral de dioceses europeias e americanas.

O mesmo Gaspari que não fala das peripécias sexuais do Lula vem querer cantar de galo para cima da Igreja. Se tem sacerdote que não consegue guardar o pinto dentro da batina é herança de Paulo VI, com todo respeito a Paulo VI.

O eurocentrismo da Cúria Romana refletiu-se no Brasil. Durante o pontificado de Paulo VI, Pindorama passou de dois para oito cardeais. Hoje tem cinco. Bento XVI deixou sem o barrete cardinalício as arquidioceses do Rio e de Brasília. Porto Alegre teve cardeal e está sem. Recife, a primeira sé cardinalícia brasileira, está na segunda divisão desde os anos 60, quando a ditadura hostilizava D. Helder Câmara e não queria vê-lo cardeal.

Dom Helder, que Deus o tenha, não era cara para ser cardeal. A falta de barrete no Rio na minha opinião diz mais respeito ao atual bispo do Rio que ao Rio em si.

Se foi econômico com os barretes brasileiros, Bento XVI foi generoso aspergindo-os pela Europa. Elevou a diocese de Valencia (800 mil habitantes), na Espanha, mas não confirmou o barrete de Porto Alegre (1,5 milhão de habitantes).

Análise estúpida. Veja a tradição de Valencia e de Porto Alegre na história da Igreja.

Quem especular o nome do sucessor de Ratzinger pode jogar cara ou coroa. Nos seis últimos conclaves elegeram-se três favoritos (Ratzinger, Paulo VI e Pio XII) e três azarões (João Paulo II, João Paulo I e João XXIII, um gorducho que mal cabia nas vestes preparadas pelos alfaiates que trabalharam durante o conclave.)

Chamar João XXIII de gorduchinho é a cereja no bolo de m*rda que Gaspari escreve. 

Pode-se esperar que, depois de um Papa saído da academia de teólogos e da burocracia de Roma, venha um pastor, como os dois João Paulo e João XXIII. Um administrador de diocese do Terceiro Mundo uniria o útil ao agradável.

Isso, um Hugo Chavez é o que Gaspari quer.

É assim que entra nas listas, com um sopro romano, o cardeal de São Paulo, D. Odilo Scherer, pastor de uma das maiores arquidioceses do mundo.
Aos 63 anos, teria um longo pontificado. Ele tem uma característica anfíbia. É brasileiro, mas, como quatro outros cardeais brasileiros (Claudio Hummes, Paulo Evaristo Arns, Aloisio Lorscheider e Vicente Scherer, seu parente distante), descende da imigração alemã. A mola mestra da eleição dos dois últimos papas foi a capacidade de articulação da hierarquia alemã.

O Espirito Santo mandou dizer que o excesso de pinga no Carnaval pode fazer a mente ficar embotada


D. Odilo lidera a facção conservadora do clero brasileiro, derrotada na última eleição da CNBB e nas eleições gerais em que se meteu. 

Facção que eu saiba é o PCC, CV, Hamas, etc. 

Para consumo mundial, preenche o requisito de um Papa do Terceiro Mundo, condição só superável pela escolha de um africano como Francis Arinze, de Lagos. Mais que africano, Arinze tem 80 anos e passou 25 em Roma. Seria um Papa de transição.
Com uma eleição marcada para o fim de março e um Papa vivo, vem aí um conclave inesquecível.

Elio Gaspari é jornalista

O nível do jornalismo Brasileiro está no esgoto.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Luiz Felipe Pondé exibe ignorância

Gosto habitualmente de Pondé, mas hoje ele exibe todo o esplendor de sua ignorância.

Veja abaixo e o Frei comenta em poucas palavras em Azul.
Análise: Alemão é brilhante como teólogo, mas fracassou como papa
Joseph Ratzinger é um dos maiores teólogos vivos do cristianismo. Como papa Bento 16, fracassou. 
Conservador, um tanto liberal no começo de sua carreira, Bento 16 iniciou seu papado com um projeto, já em curso quando era a eminência parda intelectual de João Paulo 2º, de pôr "medida" na herança do Concílio Vaticano 2º, verdadeira "revolução liberal" na Igreja Católica. 
Já nos anos 80 atacava a teologia da libertação latino-americana por considerá-la certa quanto ao carisma profético bíblico de procurar justiça no mundo, mas errada quanto a assumir o marxismo como ferramenta de realização desta justiça. 
Bento 16 foi um duro crítico da ideia de que a igreja deva aceitar soluções modernas para problemas modernos. 
Nesse sentido, apesar de ter resistido bravamente, com a idade e a fraqueza que esta implica, acabou por ser um papa acuado pelas demandas modernas feitas à igreja e por uma incapacidade de pôr em marcha sua "infantaria", que nunca aceitou plenamente seu perfil de intelectual alemão eurocêntrico. 
Sua ideia de igreja é a de um pequeno grupo coeso de crentes, fiéis ao magistério da igreja (conjunto de normas para condução moral da vida), distante das "modas moderninhas". 
Quais seriam algumas dessas demandas modernas? Diálogo simétrico com outros credos (multiculturalismo), casamento gay, divórcio, sacerdócio das mulheres, fim do celibato, uso de contraceptivos, aborto, punição pública de padres pedófilos (a igreja deveria passar esses padres para a Justiça comum), aceitação de avanços da medicina pré-natal como identificação de fetos sem cérebro e consequente aborto, alinhamento político do clero com causas sociais e políticas do terceiro mundo --enfim, desafios típicos do contemporâneo.
Bento 16 esbarrou com o fato de que a maior parte dos católicos militantes hoje é de países pobres (afora o caso dos EUA, o cristianismo é uma religião de país pobre). 
Os fiéis, portanto, estão mais próximos de um discurso contaminado pelas teorias políticas de esquerda, que fala de justiça social como um direito "divino" e aproxima Jesus de Che Guevara, do que da complicada discussão acerca dos excessos do iluminismo racionalista ou da crítica bíblica que tende a humanizar Cristo excessivamente em detrimento de sua divindade. 
Seu próprio clero (sua "infantaria") ajudou no fracasso de seu papado, resistindo sistematicamente à "romanização da igreja", o que em jargão técnico significa centralização das decisões relativas ao cotidiano da instituição na lenta burocracia do Vaticano, com sua típica alienação europeia, distante do "caos" do mundo real do Terceiro Mundo. O Vaticano é muito europeu, inclusive em sua decadência como referência para o mundo no século 21. 
Mas há dimensões que transcendem as dificuldades específicas de seu projeto conservador e tocam dificuldades da Igreja Católica contemporânea como um todo.
A igreja hoje tem um sério problema de formação de quadros. Antes era "um bom negócio" entrar para a igreja; hoje, quem o faz, salvo casos de grande vocação mística e espiritual ou de revolta contra as ditas "injustiças sociais", é muitas vezes gente sem muita opção de vida. 
Quando não, tal como é visto por parte da população secular, gente com desvios sexuais graves. 
Os cursos de formação do clero, quando não totalmente contaminados pelos próprios teóricos que João Paulo 2º chamava em sua encíclica "Fides et Ratio" ("Fé e Razão") de "pensadores da suspeita" contra a fé e a razão (Marx, Nietzsche, Freud, Foucault), são fracos, com professores mal formados e conteúdos vazios. Claro que existem exceções, que, como sempre, em sendo exceções, confirmam a regra. 
Enfim, o papado de Bento 16 fracassou, em grande parte, em razão do fogo amigo: sua própria infantaria. 
A Igreja Católica agoniza diante de um mundo que cada vez é mais opaco para quem pensa, como ela, que a vida seja algo mais do que conforto, prazer e liberdade pra transar com quem quisermos e quando quisermos.

Como dizia o sábio Romário, este tem que enfiar um sapato na boca. 

Pondé faz uma análise rasa e precipitada de um pontificado que ainda não terminou. O tempo irá responder a ele.



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013